terça-feira, 23 de março de 2010

Fugindo da vã glória

Naamã, comandante do exército do rei da Síria, era muito respeitado e honrado pelo seu senhor, pois por meio dele o Senhor dera vitória à Síria. Mas esse grande guerreiro ficou leproso” (2Reis 5.1)

A fama e a respeitabilidade de Naamã corriam o mundo antigo. Mas ao lermos o relato de sua cura aprendemos um pouco sobre a natureza humana. Ele procurou o profeta Eliseu pela sugestão de uma menina escrava. Chegou ao profeta cheio de empáfia. Naamã queria ser tratado como um grande homem que tinha lepra, mas foi tratado como um leproso que era um grande homem.

Somos assim. Acreditamos que todo o universo precisa nos reverenciar. Vemo-nos divinos e os outros devem nos servir. A essência da tentação do Jardim do Éden é de que podemos ser deuses. Egocêntricos, atropelamos o próximo, violentamos nossos amigos e espalhamos infelicidade.

Mal sabemos que estamos doentes e que precisamos de ajuda. Deus deseja que vejamos o tamanho de nossa carência e não a enormidade de nosso ego. Quer que percebamos nossa dependência e não a legitimidade de nossos direitos. De nada valem as nossas conquistas, somos leprosos. Nossa dignidade vem somente porque fomos criados à imagem de Deus.

Deus nos trata como Eliseu tratou Naamã. Não somos pessoas especialíssimas com alguma maldade. Somos pecadores, especiais só porque muito queridos de Deus. Quando vivemos assim, não permitimos que a vã glória contamine a nossa alma.

Ricardo Gondim Rodrigues

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